Meu nome é José Xiri de Souza, Eu nasci na Barra, local onde existe hoje as comunidades de Lagoa da Barra e também Monte Cruzeiro. Nasci 1963 na roça e totalmente desassistido. Quando eu tinha 19 anos migrei para São Paulo, eu era semialfabetizado mas eu tinha um sonho; estudar para fugir da escuridão. Os tempos se passaram e eu me formei. Sou um economista nascido em Quijingue, ou melhor na lagoa da barra. Moro em Campinas tenho uma filha. Volto muito pouco a terra natal, e quando volto vejo que há alguma assistência, ainda que precária mas há; educação e saúde. Mas quase sempre vejo no rosto das pessoas aquele marasmo de sempre porque será? a propósito sempre me perguntei, como é que um município que vive da agricultura não tem um secretário para orientar os matutos. Penso que Quijingue é um lugar projetado para o nada.
PS: Em julho farei uma visita a terra que me viu nascer, Ao sol que me viu crescer A seca que me viu sofrer As serras que me fizeram refletir E mesmo como matuto, concluí Que não tinha como ficar aí e para o mundo eu parti para minha vida cuidar e nunca mais lá voltar mas como um intelectual eu regresso e quase não vejo progresso Ou eu não quero aceitar.
Meu nome é José Xiri de Souza, Eu nasci na Barra, local onde existe hoje as comunidades de Lagoa da Barra e também Monte Cruzeiro.
ResponderExcluirNasci 1963 na roça e totalmente desassistido.
Quando eu tinha 19 anos migrei para São Paulo, eu era semialfabetizado mas eu tinha um sonho; estudar para fugir da escuridão. Os tempos se passaram e eu me formei. Sou um economista nascido em Quijingue, ou melhor na lagoa da barra. Moro em Campinas tenho uma filha. Volto muito pouco a terra natal, e quando volto vejo que há alguma assistência, ainda que precária mas há; educação e saúde. Mas quase sempre vejo no rosto das pessoas aquele marasmo de sempre porque será? a propósito sempre me perguntei, como é que um município que vive da agricultura não tem um secretário para orientar os matutos. Penso que Quijingue é um lugar projetado para o nada.
PS: Em julho farei uma visita a terra que me viu nascer,
Ao sol que me viu crescer
A seca que me viu sofrer
As serras que me fizeram refletir
E mesmo como matuto, concluí
Que não tinha como ficar aí
e para o mundo eu parti
para minha vida cuidar
e nunca mais lá voltar
mas como um intelectual eu regresso
e quase não vejo progresso
Ou eu não quero aceitar.
José Xiri de Souza